Ganha força a movimentação para que novos nomes de indicados para Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sejam incluídos e avaliados na sabatina para agências reguladoras.
Com a demora na definição dos nomes, no entanto, as demandas na saúde aumentaram. O mandato na ANS do diretor Alexandre Fioranelli terminou em maio, abrindo uma nova vaga. Além disso, em setembro encerra-se o mandato de Maurício Nunes da Silva.
Para defensores da estratégia de uma lista expandida para a ANS, que vá além da indicação de Damous, os nomes seriam escolhidos de uma só vez. A tática teria duas vantagens, afirmam. Em primeiro lugar, haveria maior espaço para negociação, uma vez que dois novos nomes entrariam na balança. Além disso, seria possível evitar novamente um longo período com cargo vago, dando continuidade para as atividades na agência.
Nesse raciocínio, assim que o diretor Maurício Nunes terminasse o mandato, o nome indicado e aprovado pelo Senado já poderia iniciar as atividades.
Três nomes estão cotados para ocupar as duas vagas. Um deles é o do médico Carlos Amilcar Salgado, atual diretor do Departamento de Regulação Assistencial e Controle da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. Com experiência em administração pública na área de saúde, ele é próximo de Helvécio Magalhães e Fausto Pereira dos Santos, ex- diretor presidente da ANS — dois nomes ligados à área de saúde do PT.
Também é cotada Lenise Barcellos Secchin, secretária-executiva da ANS. Seu nome é associado ao ex-presidente da ANS, Paulo Rebello, e conta com simpatia de representantes de algumas categorias de planos de saúde.
A diretora-presidente-substituta Carla Soares também é apontada como candidata. Servidora da agência, ela conta com apoio de servidores e tem um bom trânsito entre representantes da saúde suplementar. Dos três nomes, Soares é tida como a pessoa com maior perfil técnico e experiência no setor.
Apontado como candidato do presidente Lula para o posto de diretor presidente desde outubro, o advogado Wadih Damous não é um nome de consenso. Mas como a vaga é uma indicação do presidente, é considerada irrisória a possibilidade de seu nome ser alterado.