O setor de saúde suplementar está nas alturas. Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que os planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro semestre de 2025. O montante representa um salto de 131,9% em relação ao mesmo período do ano passado e já supera todo o resultado de 2024, que havia somado R$ 10,2 bilhões.
Tal desempenho chama atenção porque ocorre em meio a um cenário de reajustes elevados para os beneficiários. Segundo a ANS, o resultado equivale a 6,8% de toda a receita do setor, que alcançou R$ 190 bilhões. Esse levantamento mostra que as operadoras de grande porte foram responsáveis pela maior fatia do lucro, totalizando R$ 9,7 bilhões, quase o triplo do obtido no ano passado. Já as de médio porte tiveram o maior crescimento percentual, de 622%, alcançando R$ 2 bilhões.
Vale ressaltar que o número de novos beneficiários também aumentou 12%, no ano passado, e as projeções é que neste ano tenha o mesmo crescimento, de acordo com a ANS. O crescimento médio de número de beneficiários é de 12%, entre 2010 a 2022, com base no Censo de 2022.
O resultado foi impulsionado principalmente por três fatores: o aumento do resultado operacional, que chegou a R$ 6,3 bilhões; a manutenção de receitas financeiras robustas em um cenário de juros altos, que renderam R$ 6,8 bilhões; e a queda da sinistralidade — indicador que mede o quanto da receita é gasto com atendimento — para 81,1%, o menor índice para um primeiro semestre desde 2018. Tal queda de sinistralidade pode estar maquiada pelo número de negativas de tratamentos abusivas, no qual, os consumidores não procuram seus direitos.
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