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Saiba como alimentar a competência essencial

*Por Branca Barão

Muita gente me pergunta: Que curso devo fazer? Que competência devo desenvolver? Como me diferenciar? Como faço para crescer rapidamente e dar passos importantes na minha carreira?

Vou falar da competência que acredito que deveria ser prioridade máxima para a construção da nossa carreira, aquela que devemos exercitar todos os dias. E que, independentemente da resposta que você sempre deu à pergunta: “O que você quer ser quando crescer?” é sinônimo de “ser verdadeiramente grande”.

Vou falar de algo que deve vir antes mesmo do curso de inglês, do MBA, da pós-graduação e até mesmo antes da faculdade. Trata-se de uma competência que deve começar a ser exercitada no playground do prédio, aos dois anos de idade. E se não foi, temos que buscá-la e incluí-la, o mais rápido possível, em nossa formação.

Quero falar da competência que mesmo não constando em nosso currículo é, atualmente, avaliada e muito procurada no processo seletivo de grandes, pelo menos das mais conscientes, empresas. Refiro-me à generosidade.

Uma competência que não deve ser economizada à espera da próxima campanha para ajudar crianças carentes na TV, e muito menos adiada para quando acabar o período eleitoral.

A competência que faz o trabalho em equipe, a liderança, a criatividade, a resiliência, a motivação e tantas outras, tão desejadas pelos RH’s, fazerem sentido. A generosidade é a cola. Ela que “gruda” quem você é com a forma como você faz as coisas.

Sem ela, ideias boas não são ouvidas e muito menos colocadas em prática. Equipes não se tornam times. Aprendizados não são compartilhados. Resultados não são comemorados. Sem ela, seus argumentos não são nem considerados.

Sem generosidade, nos tornamos obrigados a conviver, todos os dias, com alguns personagens como: o mal-humorado, a vítima, o egoísta, o fofoqueiro, o invejoso, o ranzinza e aquele que adora jogar lenha na fogueira. Eles estão por aí, por todos os cantos. No jornal, na TV, em casa e nas redes sociais (onde suas palavras ácidas e ásperas fazem acontecer verdadeiras avalanches!).

São os grandes responsáveis pelo que chamo de “climão”. E quando somos rodeados pelo “climão” as competências que trabalhamos tanto para desenvolver ficam atoladas em meio a essa lama emocional.

O medo de falar, de se expressar, de perguntar, de inovar vem junto com o “climão”. Eles andam sempre de mãos dadas.

Quando acontece o “climão”, as pessoas se olham friamente, passam a fazer o mínimo necessário, rezam para a sexta-feira chegar rápido e para a segunda não chegar nunca.

O tal “quiet quitting”, sabe? Você observa, sabe que poderia fazer diferente e melhor, mas algo, dentro de você diz: Deixa assim…

Acredito que faz parte da natureza humana querermos ser sempre o melhor que podemos ser.

Quando não nos sentimos acolhidos, respeitados e aceitos, em um ambiente GENEROSO, deixamos isso de lado. E vamos, pouco a pouco, dia após dia, nos encolhendo, diminuindo.

Ser generoso significa construir, diariamente, com um pequeno passo de cada vez, pensamentos mais saudáveis, um ambiente de pessoas mais felizes e resultados cada vez maiores, com palavras mais cuidadosas, atitudes mais empáticas e o respeito pelo fato de que o outro inevitavelmente é uma pessoa diferente de você, com outras habilidades, outras crenças, outras verdades e outras escolhas.

Ajudar sua equipe a alcançar as metas, faz do seu time vitorioso, focar nos resultados, faz de você competente. Mas sem criar um ambiente acolhedor e psicologicamente saudável, nada disso se sustenta.

A chave aqui é a GENEROSIDADE.

Para alimentá-la:

  • Cuide das suas palavras. A gente pode dizer qualquer coisa, desde que tenhamos cuidado com a forma de dizer.
  • Ouça as ideias dos demais, mesmo que não sejam “tão boas quanto às suas”!
  • Ouça as pessoas atentamente, olhando nos olhos, não para o celular.
  • Se tiver um papel de bala no chão, recolha. Mesmo não sendo você quem comeu a bala.
  • Leve um café para quem trabalha na mesa ao lado. Às vezes é tudo o que aquela pessoa precisa para respirar e ter coragem para continuar.
  • Abrace alguém que esteja fazendo aniversário, carinhosa e honestamente.
  • Perdoe. Um pisão no pé. Uma cara feia.
  • E sorria.

Uma empresa, antes mesmo de ser ambiente de trabalho, é um espaço de convivência. Torná-lo mais agradável significa ter a chance de ser, acima de tudo, mais feliz!

*Branca Barão é Master Trainer em Programação Neurolinguística Sistêmica e especialista em comportamento humano, ministra cursos e palestras com uma metodologia própria, unindo emoção e interatividade para estimular as capacidades de inovação, comunicação e criatividade. É autora do Livro “8 ou 80 – Seu melhor amigo e seu pior inimigo moram aí, dentro de você!”

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