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Mercado de planos odontológicos no Brasil fechou 2023 com crescimento

Setor atingiu 32,7 milhões de usuários em 2023 e estratégias de vendas são impulsionadas pelas modalidades PME e Empresariais

Os últimos dez anos foram muito positivos para o segmento de planos odontológicos no País. Houve um aumento de usuários de 66%. Em 2013, o número de brasileiros que tinham plano de saúde focado em odontologia era de 18 milhões e, atualmente, o índice subiu para 32,5 milhões. Os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados em março de 2024, mostram que, no último ano, planos odontológicos ganharam mais de 2,4 milhões de usuários. Ainda de acordo com o levantamento, 26 estados registraram crescimento – no comparativo anual -, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul os que tiveram alta na adesão de planos odontológicos, exclusivamente.

O crescimento ocorreu principalmente por conta do valor acessível de planos odontológicos, que custam menos que os médicos/hospitalares. Além disso, também pesa o fato de muitas empresas oferecerem essa cobertura como benefício na folha de pagamento. Dados da Pesquisa Aon de Benefícios, realizada em 2021, indicam que 91,7% das empresas brasileiras oferecem planos odontológicos aos funcionários, sendo o terceiro benefício mais prevalente no País.

Para Elsen Carvalho, diretor comercial da Odontoprev, líder no segmento na América Latina, que tem mais de 8,6 milhões de beneficiários e 27 mil dentistas em uma rede que atende em mais de 2.500 municípios do País, existe muito potencial no mercado e há perspectivas de crescimento ainda maior.

“Atualmente, apenas 16% dos brasileiros contam com um plano odontológico e é, sem dúvidas, um segmento subpenetrado. Para se ter uma ideia, em 2014 o segmento de planos odontológicos contava com 20 milhões de vidas, enquanto o de saúde atingiu o pico de 51 milhões. De lá pra cá, os planos médicos sofreram queda de vidas, para voltar a crescer durante a pandemia e voltar ao patamar de 2014. Nesse mesmo período, as vidas em planos odontológicos só cresceram”, comenta o executivo.

O cenário também é positivo para a Odontoprev, que cresce continuamente nos últimos anos. “Muito disso deve-se à estratégia de retenção, que é bastante forte e de um saldo comercial positivo. O setor empresarial e PME vem crescendo desde 2021, quando tivemos um recorde histórico, que foi superado em 2022 – atingindo mais de 150 mil vidas – e, em 2023, novamente superado. Isso porque contamos com uma vantagem competitiva de parcerias bancárias, que melhoram a capilaridade e permitem avançar nas vendas massificadas”, explica Elsen.

Apesar dos resultados favoráveis, resta ainda o desafio de promover a conscientização da população com os cuidados bucais e inverter a cultura de procurar tratamento apenas após o problema acontecer, viabilizando uma postura preventiva pelos beneficiários. Os procedimentos curativos representam 86% dos gastos odontológicos. O que poderia ser evitado com um forte e eficiente trabalho de prevenção que, além de tudo, também apresenta custos menores.

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