A indústria da fraude ganhou notoriedade nos últimos anos, justamente pela sua capacidade de se atualizar rapidamente e com ferramentas tecnológicas cada vez mais modernas. No setor de saúde, por exemplo, as perdas decorrentes de golpes e fraudes chegaram a R$ 34 bilhões somente em 2023, de acordo com o estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em parceria com a consultoria Ernst & Young.
Um dos casos mais emblemáticos recentemente é o da Saúde Sim, uma operadora de saúde popular, que chegou a atender 72 mil vidas e faturar anualmente R$ 120 milhões. Uma série de golpes e fraudes online colaboraram para que a empresa encerrasse sua operação pouco tempo depois de descobrir os esquemas.
Segundo Bruno Araújo, ex-Diretor de Operações da Saúde Sim, vários fatores financeiros e operacionais influenciaram na falência da empresa, inclusive os esquemas fraudulentos. “Identificamos desde fraudes em que um prestador adulterava o peso de pacientes oncológicos para faturar mais em medicamentos, até casos de um irmão gêmeo usando o plano de saúde do outro. Ou seja, a sustentabilidade da empresa foi corroída com esses golpes em série”, relata. A revelação foi concedida no documentário recém-lançado “A Nova Economia do Engano”, realizado pela produtora Prosa Press.



