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A importância do corretor na relação de confiança

Se a saúde segue como a grande preocupação dos brasileiros1, a escolha do plano de saúde ganha um papel relevante para quem busca essa cobertura. Altamente regulado e complexo, o universo da saúde suplementar é repleto de detalhes técnicos que, para a maioria dos consumidores, podem parecer confusos ou inacessíveis. É justamente nesse cenário que entra o trabalho dos corretores de planos de saúde — profissionais que desempenham um papel essencial ao guiar os consumidores nesse processo, com empatia e clareza.

Com uma atuação cada vez mais consultiva, são eles os responsáveis por garantir que as informações sobre os planos de saúde sejam claras, acessíveis e, acima de tudo, compreensíveis.

Em meio à enorme variedade de planos de saúde disponíveis e à complexidade das normas regulatórias que regem o setor, os corretores têm o potencial de fazer uma grande diferença. Cabe a eles, por exemplo, reduzir a assimetria de informação — quando uma das partes em uma negociação tem mais informações do que a outra. Isso, no contexto da saúde suplementar, pode significar a diferença entre fazer uma escolha consciente ou entrar em um contrato sem entender que ele não atende adequadamente às necessidades do consumidor.

Quantas vezes já ouvimos histórias de pessoas que se frustraram com seus planos de saúde porque não estavam cientes de carências, reajustes ou limitações de cobertura? É justamente para evitar situações como essas que o papel do corretor é tão significativo.

Os corretores são os intermediários que, com sua expertise, conseguem traduzir a linguagem técnica dos contratos de plano de saúde em informações que fazem sentido para o consumidor. Eles explicam o que é garantido pelo rol da ANS, detalham os períodos de carência e informam como e quando os reajustes podem ocorrer. Com isso, evitam que os consumidores sejam surpreendidos de forma desagradável no futuro.

Quando esses profissionais atuam de forma ética e bem-preparada, ajudam os consumidores a tomarem decisões seguras e bem-informadas. Isso, por sua vez, contribui para a redução de conflitos com as operadoras de saúde, além de diminuir o número de reclamações e processos judiciais, como a abertura de NIPs (Notificações de Intermediação Preliminar). Ou seja, além de melhorar a experiência do cliente, também contribui para um mercado mais equilibrado.

Diante de tantas responsabilidades investir na qualificação é essencial. A certificação específica para corretores, com foco em boas práticas de vendas e nas regras e regulamentações do setor, é um caminho promissor para garantir que esses profissionais desempenhem seu papel de maneira eficaz e ética.

Essa foi a reflexão trazida no recente evento de lançamento oficial do Instituto de Qualificação da Contratação na Saúde Suplementar (IQCS), onde se destacou o papel dos corretores como figuras fundamentais no mercado de saúde suplementar. Durante o debate, discutiu-se a importância de enxergar o corretor não apenas como um vendedor, mas como um consultor que atua na linha de frente, oferecendo orientações claras sobre cobertura, condições contratuais, rede credenciada e limitações dos planos.

Quando os consumidores se sentem acolhidos e informados, a confiança nas operadoras de saúde aumenta. E essa confiança é o que sustenta um mercado de saúde suplementar mais justo, com menos desconfiança e mais satisfação por parte de todos os envolvidos. Os corretores têm a capacidade de construir essa ponte de segurança, sendo os responsáveis por oferecer informações precisas e detalhadas, garantindo que os consumidores saibam exatamente pelo que estão pagando e quais são seus direitos e deveres.

Investir em corretores qualificados é investir em um sistema mais transparente e saudável. O futuro do mercado de saúde suplementar passa pela valorização e qualificação desses profissionais, que, ao serem bem-preparados, podem transformar a maneira como os consumidores veem e interagem com suas operadoras de saúde. Em última análise, é ajudar a investir na própria subsistência do setor.

Por Lívia Linhares, sócia e responsável pelo Contencioso do Bhering Cabral Advogados

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