Operadoras de planos de saúde registraram lucro operacional de R$ 9,3 bilhões entre janeiro e setembro, um aumento de quase 140% na comparação com o mesmo período do ano passado, e o maior em cinco anos. Já a sinistralidade, que mede quanto do valor recebido com as mensalidades foi gasto com o uso em si dos planos pelos usuários, caiu, o que sinaliza, para o mercado, reajustes mais baixos em 2026.
Em queda depois de alcançar 88,6% em 2022, quando houve uma alta no uso dos convênios depois da demanda reprimida da pandemia, a sinistralidade encerrou os primeiros nove meses de 2025 em 80,8%, 2,3 pontos percentuais abaixo ao registrado em igual período de 2024.
Se observadas apenas as operadoras de grande porte, a diferença do índice para o ano passado é de 2,6 p.p, cenário que tende a “ditar o ritmo” para um reajuste menor dos planos de saúde coletivos em 2026. A análise de Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA, que acredita que o percentual de correção dos coletivos empresariais pode ficar em apenas um dígito.
Enquanto planos individuais têm o reajuste limitado pela ANS, os contratos coletivos (empresariais e por adesão) são negociados entre as operadoras e as administradoras ou empresas contratantes.
No caso dos planos de pequenas e médias empresas (PMEs), com até 29 vidas, o reajuste segue um “pool de risco”, onde vale o mesmo percentual para todos os do tipo na operadora.
— Ainda não sei dizer se o reajuste vai ser um digito só no pool, mas o crescimento de tíquete médio vai ser menor do que vimos esse ano. No empresarial, com certeza podemos chegar a um digito de aumento — diz Figueiredo.
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