O cuidado em saúde vive uma mudança estrutural que reposiciona a Atenção Primária à Saúde (APS). Nesse novo cenário, o modelo deixa de ser visto apenas como porta de entrada e passa a se consolidar como o principal eixo de navegação do paciente — uma bússola capaz de coordenar caminhos, garantir continuidade e equilibrar qualidade e custo. Impulsionada por dados, telemedicina, automação inteligente e modelos assistenciais baseados em valor, a APS se transforma em uma verdadeira plataforma de coordenação.
Uma ampla revisão de literatura mostra que a transformação da APS é uma tendência global – equipes multidisciplinares, modelos de pagamento alternativos e maior acesso foram identificados como componentes-chave nessa mudança. Em um total de 107 estudos analisados, o componente mais frequentemente empregado na APS foi a expansão de equipes multidisciplinares (46% dos estudos).


