Para o advogado e presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Wadih Damous, a instituição deixou de atuar em favor dos usuários e passou a ser capturada pelos interesses do mercado. “Sem uma reforma estrutural, a ANS continuará refém dos planos de saúde”, afirmou ele em entrevista ao programa Boa Noite 247.
Segundo Damous, o desenho institucional da agência favorece a fragmentação e impede uma atuação coesa. “Cada diretoria virou um feudo, com interesses próprios e pouca coordenação”, denunciou. Ele alerta que essa estrutura fragiliza a capacidade do Estado de garantir acesso digno à saúde suplementar e abre brechas para decisões que beneficiam economicamente as operadoras, em detrimento dos consumidores.