logosindiplanos2

Doença gera alerta para o Brasil e preocupação com aumento de casos

A vé uma doença infecciosa, com fácil transmissão e que compromete o aparelho respiratório, afirma o médico Dr. Vital Fernandes Araújo

Dr. Vital Fernandes Araújo

Segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), mais de 32 mil casos de coqueluche foram registrados na União Europeia nos primeiros três meses deste ano, superando os 25 mil casos do ano passado inteiro. 

Preocupação com os Jogos Olímpicos

Em abril, a França tinha 1.400 casos confirmados da doença, já em maio o número subiu para 3.000, segundo um comunicado do Instituto Pasteur.

Além disso, a agência de saúde francesa Santé Publique confirmou uma “situação epidêmica estabelecida” e afirmou que é necessária uma “vigilância acrescida” durante os Jogos Olímpicos de Paris, que começam em 26 de julho.

Alerta também vale para o Brasil

O Brasil também está sob alerta para os casos da doença e uma “situação semelhante poderá ocorrer no Brasil dentro de pouco tempo”, de acordo com uma nota técnica do Ministério da Saúde no início de Junho, que também apontou a principal causa do alerta como queda da cobertura vacinal.

Até 6 de junho deste ano, o Ministério da Saúde já havia contabilizado cerca de 115 casos da doença, um número preocupante em comparação aos 217 casos registrados durante todo o ano de 2023.

O que é a coqueluche?

De acordo com o médico Dr. Vital Fernandes Araújo, a doença é considerada altamente contagiosa e pode ser transmitida apenas pelo contato com outra pessoa contaminada.

A coqueluche, ou pertussis, é uma infecção que afeta o sistema respiratório, como a traqueia e os brônquios, causada pela bactéria Bordetella pertussis e se espalha pelo contato direto com uma pessoa infectada. Isso ocorre através de gotículas de saliva liberadas ao tossir, espirrar ou falar”, explica.

As três fases e sintomas da doença:

Fase catarral

Na primeira fase da doença, que dura de 1 a 2 semanas, os sintomas são graduais, normalmente causando congestão nasal, coriza, olhos lacrimejantes, mal-estar, febre leve e tosse seca à noite, que aumenta progressivamente, tornando-se também diurna;

Fase paroxística

Esta fase ocorre cerca de 10 a 14 dias após os primeiros sintomas, a tosse aumenta e a respiração pode ser acompanhada de ruídos, também é comum observar a língua mais para fora e uma sensação de congestão, podendo até levar à pele azulada temporária e, em alguns casos, vômitos após tossir;

Fase de convalescência

A fase final da coqueluche, pode durar de 2 a 6 semanas, e a tosse pode persistir por até 3 meses. O paciente gradualmente melhora da tosse, mas pode ter problemas paralelos se tiver infecções respiratórias adicionais. 

Pessoas vacinadas geralmente têm uma forma mais leve da doença, com tosse contínua sem os acessos intensos.

Como prevenir a coqueluche?

Segundo o Dr. Vital a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a doença, mas também é indicado evitar o contato com pessoas contaminadas.

A prevenção da coqueluche é baseada na vacinação iniciada na infância e reforçada ao longo da vida. Mas também é recomendado – especialmente para bebês não vacinados e aqueles com sistema imunológico frágil – evitar o contato próximo com pessoas doentes”, alerta.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
WhatsApp

Leia Mais

Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *