“Esse azul, do novembro azul, nos remete a um dever, que é nos prevenir”

Diagnósticos de câncer são cada vez mais comuns e jornalista recomenda a todos que se cuidem e valorizem o seu plano de saúde:  “Eu nunca havia dado tanta importância a um plano de saúde mesmo sabendo o quão relevante ele é. Você se sente acolhido”

Um acidente doméstico iniciou um processo de rastreamento na saúde de Emmanuel Ramos de Castro, editor do Blog do Corretor, um dos mais conceituados do setor de saúde suplementar.

Em abril deste ano, ele escorregou na área de serviço e quebrou uma vértebra. “Fui ao ortopedista, que me pediu para fazer uns exames, como raio-x e ressonância. Como eu ia a uma clínica, isso me estimulou a passar em consulta de outras especialidades”.

Com os exames do coração estava tudo certo. O alarme veio do urologista, que pediu o exame de PSA e, posteriormente, o ultrassom. Emmanuel já suspeitou de algo quando o médico pediu um exame a mais. “Ele pediu uma ressonância magnética e depois uma biopsia. Eles beliscaram a próstata 12 vezes e havia células em quatro pedaços do lado direito e três do lado esquerdo. Esse processo evolutivo dos exames me despertou uma luzinha amarela. Quando vi o resultado do exame em casa, apesar de ser leigo, entendi que era câncer de próstata”, conta.

Já no consultório, o médico confirmou o diagnóstico e informou que estava em estágio inicial, sem metástase e recomendou as opção de tratamento. “Temos duas formas de tratar: com hormônio e radioterapia, e com a cirurgia total da próstata”, lembra o jornalista.

Hoje, Emmanuel mora sozinho e, diante do diagnóstico, a maior preocupação foi como comunicar à sua família. “Enviei uma mensagem via WhatsApp para cada um dos meus irmãos – são seis – para fazermos uma live. Reuni todos e contei com tanto bom humor que ficou super leve”, conta o jornalista que não queria transmitir preocupação para os irmãos que moram em Natal (RN).

A princípio ele decidiu pela opção com radioterapia, mas pediu um tempo ao médico para pensar. O médico, então, indicou medicamentos para neutralizar o tumor, enquanto ele decidia.

Assim como a mulher reflete sobre a retirada do útero, Emmanuel refletiu sobre a retirada da próstata. “Acabou a minha masculinidade. Não tenho filhos e não pretendia ter. Mas a próstata estando ali, poderia ter se algum dia eu quisesse. Agora, não teria essa opção simplesmente porque não teria mais. Fui processando tudo isso e decidi retirar tudo. Quando retornei, decidi pela cirurgia total”, lembra o jornalista, cuja decisão também comungou com o que o médico considerou a melhor opção.

O plano de saúde

Atualmente, Emmanuel tem um plano de saúde com coparticipação. “No momento em que precisei do plano, vi a complexidade dos exames, tudo o que enfrentei e os desdobramentos. Os médicos e a cirurgia, tudo será pago pelos associados da operadora. O que pago de coparticipação é simbólico perto de tudo o que utilizei”.

Ao ser perguntado sobre se em algum momento pensou como seria se não tivesse o plano de saúde, ele respondeu: “Eu nunca havia dado tanta importância a um plano de saúde mesmo sabendo o quão relevante ele é.  Você se sente acolhido. Se eu não tivesse, iria me submeter a um particular, caríssimo, ou ao SUS (Sistema Único de Saúde), e ficar na dependência da agenda que tem uma demanda astronômica. É um privilegio muito grande. Estou muito agradecido ao meu plano, às pessoas que pagam e à operadora”.

Emmanuel já fez os exames pré-operatórios, aguarda os resultados e a cirurgia, que pode ser via laparoscopia ou robótica, provavelmente no Hospital Beneficência Portuguesa. “A robótica é a mais moderna, prática e precisa, mas meu plano de saúde não cobre. Eu gastaria entre R$ 7 mil a R$ 10 mil pelas pinças. Mas como optei pelo Beneficência, o médico disse que talvez o hospital libere as pinças para essa cirurgia. Se ele confirmar ótimo. Se não, faço a outra para não pagar o valor das pinças, que é alto”.

Mensagem

Emmanuel lembra que as pessoas precisam estar cada vez mais preparadas para falar sobre o câncer porque infelizmente é uma doença que está cada vez mais comum.

“De cabeça estou ótimo. Encarei com naturalidade. De certa forma, já estava preparado para isso. Nós respiramos substâncias cancerígenas, inclusive estão na comida. Estamos cercados de possiblidade de adquirir o câncer”.

A entrevista dele tem como objetivo trazer o alerta de que é muito comum a pessoa protelar os cuidados preventivos, o que é um grande erro. “Você sempre vê as pessoas trazendo essa mensagem, mas é sempre bom repetir, sobretudo quando estamos sob a emoção do fato. Não acreditamos que vai acontecer. É algo que está sempre fora, e de repente descobrimos que aquilo está na gente. Comigo mexeu um pouco, mas depois me acostumei. O homem deve encarar o PSA como um compromisso no sentido da prevenção. Ele deve ter um compromisso com ele para colocar na agenda e todo ano fazer um exame preventivo. Esse azul, do novembro azul, nos remete a um dever, que é nos prevenir. E uma vez detectado, é preciso ter força e encarar a vida como ela é”, recomenda Emmanuel.

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